quinta-feira, 5 de março de 2009

Loucos...quem não é?

O Louco
Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:



Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”

Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.

E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “É um louco!” Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.

Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”

Assim me tornei louco.

E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.

Kahlil Gibran

2 comentários:

Anônimo disse...

ou seja....A VIDA NÃO É MEDIDA PELO NUMERO DE VEZES QUE VOCÊ RESPIROU, MAS PELOS MOMENTOS QUE VOCÊ PERDEU O FOLEGO!

abraço
Eduardo Reis

Na Terra e no Vaso disse...

CONSEGUI VER AGORA SEU COMENTÁRIO, MUITO OBRIGADA, MAIS AQUI PRA NÓS!...VOCÊ DIZENDO QUE A SENSIVEL SOU EU?...QUE NOME E ATRIBUTOS DEVO A VOCÊ, DEPOIS DE LER UMA DESCRIÇÃO DE PERFIL, COMO A TUA?